Vem do lado de lá

Written on 18:54 by Nobre

"Olha que coisa mais linda. Mais cheia de graça..."

Se não morasse em São Paulo, muitos iriam onfundi-la com a mítica Garota de Ipanema, imortalizada no clássico de Tom Jobim, tanta que é a sua capacidade e vontade de fazer o mundo sorrir...

Mallu desde muito cedo teve influências dos pais para a música. Aos nove ano, recebe como prenda um vilão e do anos depois começa a aprender a tocar. Já aos 12 anos, Mallu começa a compor as suas próprias músicas, das quais, grande parte é escrita em inglês, baseando-se sempre em grandes referèncias de que se acostumou a ouvir em casa, tais como Bob Dylan,Bele & Sebastian, Johny Cash, entre outros.

Toda esta mistura de circunstancias deu origem numa menina, com os os seus 16 anos, com uma fragilidade espontâna e uma voz meia e melodiosa,que já conseguiu por um dos maiores paises do mundo a seus pés.

Para quem ainda não ouviu falar neste grande "pequeno" talento, fica uma pequena reportagem.


videoreportagem com Mallu Magalhães

A América de cá

Written on 23:13 by Nobre


Imaginem se o Johny Cash tivesse nascido na Marinha Grande?

A pergunta é posta desta maneira duma forma pouco lúcida e desarmada , podendo parecer absurda, mas se ouvirem o novo álbum do Born a lion, depressa perceberão o que estou a querer dizer.

Os Born a lion são um colectivo gerado na Marinha Grande, em formato power-trio. Formado pelo baixista Nunez, o guitarrista Melquiadez e p´lo (pouco comum) baterista/vocalista Rodriguez, são provavelmente das maiores revelações rock/foulk/country dos ultimos tempos.

Se os blues necessitassem de uma espécie de licença para serem tocados – uma espécie de curso ou isso –, os Born A Lion seriam daqueles que a tirariam em dois tempos. E essa relação estreita que a banda mantém com os blues, fazem-na manter uma relação de proximidade com todas as suas ramificações.

Os Born A Lion reclamam para si a influência dos clássicos do rock, dos Led Zeppelin aos Black Sabbath, mas também referem os nomes mais recentes de gente como os The Immortal Lee County Killers ou os Danko Jones, por exemplo.

Em “John Captain” destaca-se o blues-rock de origem claramente norte-americana, não só formal, mas também esteticamente, também em muito devido às composições letristas, que recuperam o imaginário litúrgico norte-americano, o velho oeste e o amor despedaçado pela tragédia humana.

Mas se «John Captain», o single de apresentação do álbum homónimo, desce aos mais profundos recantos da alma americana, temas como «My Black Horse» aproximam-nos mais do rock marcial de uns Sons And Daughters, enquanto que «Lonely Guy» vai beber à fonte hard-rock dos Danko Jones.

Mas o momento alto do álbum chega com «67 Cadillac», segundo tema do disco a contar com a presença de Paulo Furtado (o outro é «My Black Horse», onde o líder dos Wraygunn empresta a sua slide guitar), onde os níveis de electricidade atingem níveis perigosos, perto da histeria blues-punk dos Blues Explosion.

Johnny Cash não nasceu na Marinha Grande, mas os Born A Lion poderiam muito bem ter nascido nos Estados Unidos. Por cá, arriscam-se a tornarem-se num caso sério no cenário blues-rock português. Paulo Furtado já não está sozinho.

Fica o novo single do novo álbum - Rock 'n' Roll Tone



Born a Lion - Rock 'n' Roll Tone

Fonte: Ruadebaixo